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Ficaram durante uns dias. Uma semana talvez, ou mais. Não se lembra.
Até que finalmente resolveu levantar uma a uma, as vinte e quatro minimas tiras de papel que cobriam o dia 24 de Dezembro e onde se podia ler a encarnado vinte e quatro vezes a palavra Fragment.
Pensava que não poderia terminar assim. Em todas, tinha acertado. Para esta também. Mas fez violência e retirou tudo até aparecer as imagens recobertas de um garfo e de uma faca. De uma certa maneira teria que imaginar um futuro mais luminoso, pensava.
Não se lembra o que escolheu. Apenas sabe que hoje nem um fragmento existe. Nada. Tudo desapareceu naquela noite, onde, para ele, o indispensável era brilhar em sociedade.
Nao mereces o meu calendário,