Tout d'un coup, il m'est devenu indifférent de ne pas être moderne

31.12.10

Adventus et MontBlanc

Derrière leur volet en papier chaque jour enferme un secret, comme si tout était écrit à l'avance.

Adventus et MontBlanc, ne sont que mémoire, n'aiment que la mémoire et se rappeler de moi.


L'avait-elle deviné?



a dizer outra vez
se não me ensinares eu não aprendo
a dizer outra vez que há uma última vez
mesmo para as últimas vezes
últimas vezes em que se implora
últimas vezes em que se ama
em que se sabe e não se sabe em que se finge
uma última vez mesmo para as últimas vezes em que se diz
se não me amares eu não serei amado
se eu não te amar eu não amarei

palavras rançosas a revolver outra vez no coração
amor amor amor pancada da velha batedeira
pilando o soro inalterável
das palavras

aterrorizado outra vez
de não amar
de amar e não seres tu
de ser amado e não ser por ti
de saber e não saber e fingir
e fingir

eu e todos os outros que te hão-de amar
se te amarem
-
a não ser que te amem

Samuel Beckett


29.12.10

2011

Croire, en l'éternel retour ... les années se suivent et se ressemblent ... on fête la nouvelle année avec l'illusion que ce sera, pour une fois, différent



26.12.10

24 Fragments- Adventus


Ficaram durante uns dias. Uma semana talvez, ou mais. Não se lembra.
Até que finalmente resolveu levantar uma a uma, as vinte e quatro minimas tiras de papel que cobriam o dia 24 de Dezembro e onde se podia ler a encarnado vinte e quatro vezes a palavra Fragment.
Pensava que não poderia terminar assim. Em todas, tinha acertado. Para esta também. Mas fez violência e retirou tudo até aparecer as imagens recobertas de um garfo e de uma faca. De uma certa maneira teria que imaginar um futuro mais luminoso, pensava.
Não se lembra o que escolheu. Apenas sabe que hoje nem um fragmento existe. Nada. Tudo desapareceu naquela noite, onde, para ele, o indispensável era brilhar em sociedade.

Nao mereces o meu calendário,

25.12.10

Para Ti




Then I hate you again


There must be a few things a hot bath won’t cure, but I don’t know many of them.
Whenever I’m sad I’m going to die, or so nervous I can’t sleep,
or I’m in love with somebody I won’t be seeing for a week,
I slump down just so far and then I say

I’ll go take a hot bath... Sylvia Plath

22.12.10

Bastou-lhe deixar a estação de caminho de ferro, e caminhar perto do Tejo, para sentir o nevoeiro envolver-lhe os braços. Lentamente, emerge da bruma o cais das colunas e com ele a sensação de estar a alcançar aquilo que há já muito procurava.
Tinha viajado tantos anos, vivera tantos anos longe do seu pais, mas agora estava perto. Perto, sem no entanto saber definir exactamente oque realmente procurava.

Levantou-se e foi à janela. Os sonhos felizes são raros e difíceis de recordar. Na noite escura a praça estava vazia. Lisboa tinha adormecido ao som de musica e de risos, como era seu costume.

Estava no Hotel Bairro Alto . Sempre que vinha a Lisboa ficava aqui. No quarto 206. Apropriou-se dele como se fosse seu porque tinha vista. Escolheu este, como se outros quartos que tinha visitado não tivessem janelas. Todos olhavam para uma parte bem definida de Lisboa, e de todos podia-se ler o que a cidade lhes queria contar. Mas este tinha a vista ideal, pensava ela. E as paredes pintadas de vermelho. Ela gostava da cor. Pensava no sangue que corre nas veias. Como as ruas, que desaguam no rio, lhe faziam pensar em veias.

E foi assim desde que o Hotel abriu as portas. Gostava de ali ficar porque para além do mais, havia a Praça. E na praça estava Ele. Neste quarto, de paredes vermelhas, a olhar para Ele, tomava consciência que tinha um passado. A estatua estava ali para a lembrar.

Pegou no Moleskine que trazia sempre consigo e escreveu.

49.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.



Afinal nunca se esquecera.

18.12.10

16.12.10

There is so much hurt in this game of searching for a mate, of testing, trying.
And you realize suddenly you forgot it was a game, and turn away in tears...Sylvia Plath

15.12.10

polemics are a parasitic figure on discussion and an obstacle to the search for the truth.

In the serious play of questions and answers, in the work of reciprocal elucidation, the rights of each person are in some sense immanent in the discussion.


The polemicist , on the other hand, proceeds encased in privileges that he possesses in advance and will never agree to question. On principle, he possesses rights authorizing him to wage war and making that struggle a just undertaking; the person he confronts is not a partner in search for the truth but an adversary, an enemy who is wrong, who is armful, and whose very existence constitutes a threat. For him, then the game consists not of recognizing this person as a subject having the right to speak but of abolishing him as interlocutor, from any possible dialogue; and his final objective will be not to come as close as possible to a difficult truth but to bring about the triumph of the just cause he has been manifestly upholding from the beginning. The polemicist relies on a legitimacy that his adversary is by definition denied.

As in judiciary practice, polemics allows for no possibility of an equal discussion: it examines a case; it isn’t dealing with an interlocutor, it is processing a suspect; it collects the proofs of his guilt, designates the infraction he has committed, and pronounces the verdict and sentences him.


How can I not agree with Michel Foucault?

10.12.10

7.12.10

On est et on demeure esclave aussi longtemps que l'on n'est pas guéri de la manie d'espérer...Cioran

4.12.10

Métamorphose de la finitude

La plus profonde parole de Dieu à l'homme pendant le mystère de l'eucharistie est aussi celle-là même que l'homme et la femme se disent l'un à l'autre au plus fort de leur intime : "Accipite, hoc est corpus meum" - "Prends (prenez), ceci est mon corps".
Emmanuel Falque, Métamorphose de la finitude.

17.11.10

17

En Italie, le nombre 17 est associé au malheur pour au moins deux raisons : écrit en chiffres romains « XVII » est l'anagramme de « VIXI », qui signifie "J'ai vécu" — signifiant "Je suis mort"

et selon la Bible, ce serait un 17 qu’aurait commencé le déluge universel.

©Tracey Emin

15.11.10

Haiku

comme tout
les belles paroles
emportées par le vent

12.11.10

J’ai tendance à oublier les dates dont on sait qu’elles sont des carrefours sociologiquement passionnants.
Celles où l’on trouve des brochettes de m’as-tu vu, qui suffiraient à vous gâcher la soirée

11.11.10

À chaque fois que j'écris une lettre, je pense à mon MontBlanc. Celui que j'ai offert, dans un élan généreux empli bien plus d'amitié que d'amour, à quelqu'un qui ne méritait pas.
L'Amitié, pas le Mont Blanc.

10.11.10

Pourquoi pas 3.000.700 ?


"Je trouve que le corps est une chose étonnante. Je suis stupéfié d'avoir cinq doigts à la main Pourquoi cinq ? Pourquoi pas 3.000.700 ? " Witold Gombrowicz

8.11.10

Cette néfaste clairvoyance

"Ce qui est merveilleux, c'est que chaque jour nous apporte une nouvelle raison de disparaître."Cioran

4.11.10

la question reste sans réponse


©Louis Malle

Schopenhauer a- t- il suffisamment médité sur qu'est le plaisir sexuel, sur l'intensité du plaisir sexuel?

31.10.10

You are so fucking special





Il faut se rendre ici pour activer l’oeuvre de Grégoire Courtois (aka Troudair) intitulée You’re so fucking special.

Comme l’annonce le titre, cette installation en ligne vous plongera progressivement dans état spécial.

27.10.10

Paradoxe

Cette obsession portugaise de vouloir appartenir à l'Europe lorsque tout dans le comportement de bien d'entre eux a plus d'affinités avec les Arabes qu'avec les peuples du Nord

Et pourquoi vouloir appartenir à l'Europe, lorsque et depuis toujours c'est vers le Sud qu'ils sont allés rechercher leur réputation de conquérants?

24.10.10



Je veux peindre le monde à ma façon, mais je n’ai pas la prétention de pouvoir le changer !

19.10.10

18.10.10

Levantou-se ofegante. A cara corada, ainda com rasgos de prazer e de calor e apertou o soutien-gorge. Desceu a saia, enfiou a blusa. Passou rapidamente a mão pelo cabelo, e avançou na ponta dos pés para o alcançar. Ao passar em frente do altar benzeu-se, como de costume. E, como de costume, baixou os olhos, como se tivesse medo que alguém a reconhecesse. Não olhou. Nunca olhou. Ia e vinha, cabeça inclinada, olhos no chão. Encontravam-se numa das alas onde era raro ver alguém passar. De repente, como que assaltada por uma angústia perguntou: É pecado? Será pecado?


Já o sol, implacável, lhe batia na cara com tal força que mal conseguia abrir os olhos cegada pela luz, quando, lentamente, ele respondeu:
Pecado?...

Pecado é teres sempre passado o teu corpo rente ao Caravaggio e nunca teres olhado. Nenhum pressentimento ou sensação tiveste... Nem dúvida te atravessou o espírito.
Isso é que é pecado...





Chapelle Contarelli, Igreja Saint Louis des Français, Rome

Les grands lecteurs sont des Monstres

16.10.10

HORS SUJET

En raccrochant le téléphone et après avoir entendu sa violence, cette conversation lui semblait hors- sujet. Les règles du jeu , changeant à chaque instant et à son insu, le jeu qu'il lui proposait paraissait une spirale dans laquelle elle serait happée sans savoir si , un jour, elle pourrait s'en sortir indemne.

Oui , dans l'espace de quelques instants tout en lui est devenu HORS SUJET.

Il est devenu HORS SUJET . Il est HORS SUJET

Évadé

15.10.10

Os dois lados da janela

que tentação, para uma digressão , esta tua frase Joao Miguel Amaro Correia

Sim ,
A janela, tem sempre dois lados.
Olho para a janela e penso na chama. Aquela que tento manter acesa, pelo menos estes 365 dias em que decidi, representa-la com cor.
A janela como separação. Nosso corpo, o nosso invólucro. In and out. O que esta dentro , o que esta fora. A janela que podemos abrir ou fechar. Entrar. Ar. Vida. Sair. Tédio . Mofo.

Impressão. Sair sem sair , ficar dentro a magoar.

A janela que nos permite ver, longe, o outro lado. Imaginar, sonhar. O outro lado? O mundo.

Fecho os olhos. Vacilo. A janela permite saltar... A janela que nos convida a saltar?

Fecho os olhos.


And then?

Aproximou--se da janela, e pensou que podia voar.

14.10.10

Sigh no more, Ladies

Sigh no more, ladies, sigh nor more;
Men were deceivers ever;
One foot in sea and one on shore,
To one thing constant never;
Then sigh not so,
But let them go,
And be you blithe and bonny;
Converting all your sounds of woe
Into. Hey nonny, nonny.


Much Ado about Nothing, William Shakespeare


11.10.10

Song of myself

And now I know understand that
it is what the
Those are all positive and dense every one
And that what it they [written over "it"] seems to
the child it is [they?] are
And that
For God does not joke
Nor is any [they?] [illegible] there
any
share in the universe.
And the world is no joke,

Nor any part of it a sham

__________
I am the for sinners and the
unlearned

Walt Whitman Song of myself

5.10.10

“And when at last you find someone to whom you feel you can pour out your soul, you stop in shock at the words you utter— they are so rusty, so ugly, so meaningless and feeble from being kept in the small cramped dark inside you so long.”
Sylvia Plath

26.9.10

13.9.10



Le Feu Follet- Louis Malle

31.8.10

Why the hell are we conditioned into the smooth strawberry-and-cream Mother-Goose-world, Alice-in-Wonderland fable, only to be broken on the wheel as we grow older and become aware of ourselves as individuals with a dull responsibility in life? Sylvia Plath

28.8.10

I LoVE Leonard Cohen


Still on Tour and soon in France again

26.8.10

Moments


“There are moments that I’ve had some real brilliance, you know.
But I think they are moments.
And sometimes, in a career, moments are enough.
I never felt I played the great part. I never felt that I directed the great movie.
And I can’t say that it’s anybody’s fault but my own.” Dennis Hopper


24.8.10

23.8.10

Each man kills the thing he loves

Some do it with a bitter look,
Some with a flattering word,
The coward does it with a kiss,
The brave man with a sword!


Each man kills the thing he loves

Some kill their love when they are young,
And some when they are old;
Some strangle with the hands of Lust,
Some with the hands of Gold:
The kindest use a knife, because
The dead so soon grow cold.

Each man kills the thing he loves

Some love too little, some too long,
Some sell, and others buy;
Some do the deed with many tears,
And some without a sigh:
For each man kills the thing he loves,
Yet each man does not die.



The Ballad Of Reading Gaol, OSCAR WILDE




23.7.10

Louis Malle



Le Feu Follet

18.7.10

à Paris

il y a des lumières... mais je cherche en vain un être humain...

alt : Noomiz

4.7.10

26.6.10

Wichita Vortex Sutra


This music is about something other than itself. One of the many important figures with whom Glass has collaborated is the late Allen Ginsberg. Glass played a recording of the poet reading his 1966 piece Wichita Vortex Sutra , and as Ginsberg’s high-intensity voice surged and ebbed, he performed a piece written specifically to partner it. Music was a backdrop full of aural associations. In that case the associations were with something specific; but in other cases they can be to whatever one’s imagination desires.

18.6.10

Minutos, dias


Todos os dias têm a sua história, um só minuto levaria anos a contar, o mínimo gesto, o descasque miudinho duma palavra, duma sílaba, dum som, para já não falar dos pensamentos, que é coisa de muito estofo, pensar no que se pensa, ou pensou, ou está pensando, e que pensamento é esse que pensa o outro pensamento, não acabaríamos nunca mais.


José Saramago

In Levantado do Chão, Ed. Caminho, 14.ª ed., p. 59

Saramago faleceu.


Jà sinto a sua falta.

17.6.10

Do I fail to understand because I cannot peer into his mind?

13.6.10


©Dennis Michael Jones

6.6.10

I was about half in love with her by the time we sat down. That's the thing about girls. Every time they do something pretty... you fall half in love with them, and then you never know where the hell you are. JD Salinger

4.6.10

mais uma , compensa os meses em que nada do que gostariamos que acontecesse , acontece...

31.5.10

Brisées

Une monstrueuse aberration fait croire aux hommes que le langage est né pour faciliter leur relations mutuelles. Michel Leiris

28.5.10

je ne compte plus le nombre de fois où je me suis demandée
ai-je depuis toujours instinctivement organisé mon existence de façon à m’offrir les meilleures conditions pour peindre ou ai-je été amenée à peindre parce que mon existence ne me laissait pas d’autre choix ?

26.5.10

La Carte postale

Je ne suis qu'une mémoire, je n'aime que la mémoire et me rappeler de toi, Jacques Derrida

23.5.10

18.5.10

14.5.10

Se viver é encher a vida de encontros, de amores, de distracções, de amigos e conversas, de viagens, e ou de projectos profissionais ou privados, às vezes, tenho a impressão que , perante a tela e a um quotidiano reduzido ao mínimo necessário , i. e. ao quase nada, não vivo.
Pior ainda, quando olho para o trabalho já feito, penso, estive a tempo de mudar de ideias, porque não o fiz ? Porque me empenhei numa travessia tão longa e tão dolorosa?

13.5.10

Méfiez vous de ceux qui vous pardonnent d’un crime que vous n’avez pas commis, Michel Foucault

10.5.10

Le FoL ESPOIR


©Olivier Zahm

9.5.10



Marienbad

8.5.10

Truth Power Self


Nietzche
was a revelation to me. I felt that there was someone quite different from what I had been taught. I read him with a great passion and broke with my life, left my job in the asylum, left France.
I had the feeling I had been trapped.
Through Nietzche, I had become a stranger to all that...Michel Foucault,

In interview "Truth, Power, Self" 25th October 1982

7.5.10

There will be Time

There will be time, there will be time
To prepare a face to meet the faces that you meet;
There will be time to murder and create,
And time for all the works and days of hands
That lift and drop a question on your plate;
Time for you and time for me,
And time yet for a hundred indecisions,
And for a hundred visions and revisions,
Before the taking of a toast and tea.

Prufrock and Other Observations. 1917

4.5.10

3.5.10

what is you idea of perfect happiness ?

E como uma pergunta nunca vem só,

à questão que mais aprecias nos teus amigos ? eu diria, Savoir nourrir l’amitié…saber nutrir, saber fomentar a amizade, e se porventura com imaginação ... que bom que seria a Vida

Será isso uma outra ideia de perfect happiness ?

2.5.10

30.4.10

About Composing

If the experienc of music is about listening, what is the experience of Composing about?

It's about Fear , Philip Glass


28.4.10


©MariaDeMorais

À questão, what is you idea of perfect happiness ?

Não tenho resposta imediata e se calhar nunca terei. Tenho medo do que é perfeito. Viver é movimento, e parece-me que a única perfeição que conheço é a morte.
Mas hoje ao abrir os olhos, gostei do que vi. E soube me bem. Soube me bem acordar em St Tropez. Olhar para o mar, transparente. E não pensar em nada, nada. Não pensar naquilo que nos tormenta, no que é doloroso. Não pensar naqueles que desejamos e estão ausentes. Não pensar. E beber com meus olhos tudo , tudo até ao horizonte e deixar-me estar, vencida pela cor azul turquesa e acariciada pelo sol. E nada mais.

Perfect happiness é isto, momentos lindos mas fugazes a pontuarem de cor diferente a minha vida.

22.4.10

La Nuit et le Palais Royal


©MariaDeMorais

Dance is about moving, painting is about seeing, poetry is about speaking. Music is above all about listening, Philip Glass



Philip Glass-string-quartet-no.5-mvt.-5

'

21.4.10

Palais Royal, LoVE this Garden


©MariaDeMorais

Jardins du Palais Royal
Agora que estou a olhar para estas duas fotografias que aqui coloquei, details, apenas detalhes no Palais Royal , que é o jardim que prefiro em Paris e que muito gosto de fotografar,
pensei invariavelmente em Jasper Johns. Com três passaportes de diferentes nacionalidades que deixei consciosamente caducarem, deve ser a resposta à minha problematica de mas afinal de onde sou?

20.4.10

'

Et si la différence entre lire et écrire était de même nature que celle qui existe entre regarder un film pornographique et faire l’amour soi-même ? ...L'Autofictif, le 10 Mars


'

19.4.10

Music and Conversation with Philip Glass


There's an urban legend about composer Philip Glass. The one about him driving a New York City cab just when his first opera was being staged at the Met. A passenger looked at his cabbie's license, and declared that he had the same name as a famous opera composer.Turns out, it's true.
Glass says he didn't have the heart to tell her that famous composer was driving her home.


17.4.10

Tilda Swinton , unique




Known throughout Britain for her idiosyncratic performances and long-time association with the late filmmaker Derek Jarman, Tilda Swinton is nothing if not one of the more unique actresses to come along during the second half of the 20th century. Born in London on November 5, 1961, Swinton attended Cambridge University, where she received a degree in social and political sciences. While at Cambridge, she became involved in acting, performing in a number of stage productions. Following graduation, Swinton began her professional theater career, working for Edinburgh’s renowned Traverse Theatre and the Royal Shakespeare Company.

In 1985, Swinton began her long collaboration with Derek Jarman, both as a friend and fellow artist. She made her screen debut in his Caravaggio (1986) and appeared in every one of the director’s films until his death from AIDS in 1994. It was for her role as the spurned queen in Jarman’s anachronistic, controversial Edward II (1992) that Swinton earned her first dose of recognition, becoming a familiar face to arthouse audiences on both sides of the Atlantic and earning a Best Actress prize at the Venice Film Festival for her work in the film. The acclaim and recognition Swinton garnered was amplified the same year with her title role in Sally Potter’s adaptation of Orlando, Virginia Woolf’s classic tale of an Elizabethan courtier who experiences drastic changes in both gender and lifestyle over the course of 400 years.


If People did not sometimes do silly things, nothing intelligent would ever get done...Wittgenstein


14.4.10

Like This



The Essential Rumi, by Tilda Swinton



Tilda Swinton , unique



“I’m basically interested in identity, and I still find fascinating the question: How do we identify ourselves, and how do we settle into other people`s expectations for our identity?”

10.4.10

Critica da Razao Pura

Kant lui même avait ses petits bonheurs.

Des dîners de bonne chère chez lui, jamais à moins de trois personnes, parce que les Trois Grâces, et jamais de plus de neuf, parce que les Neuf Muses. Et quand il voyait le café arriver, il criait, Terre Terre, tel un marin heureux approchant le continent...

C'est peut-être ce qu'il lui a permis d'écrire la Critique de la Raison Pure, after all...non?

8.4.10

LIKE THIS

If anyone asks you
how the perfect satisfaction
of all our sexual wanting
will look, lift your face
and say,
Like this.

When someone mentions the gracefulness
of the nightsky, climb up on the roof
and dance and say,
Like this.

If anyone wants to know what “spirit” is,
or what “God’s fragrance” means,
lean your head toward him or her.
Keep your face there close.
Like this.

When someone quotes the old poetic image
about clouds gradually uncovering the moon,
slowly loosen knot by knot the strings
of your robe.
Like this.

If anyone wonders how Jesus raised the dead,
don’t try to explain the miracle.
Kiss me on the lips.
Like this. Like this.

When someone asks what it means
to “die for love,” point
here.

If someone asks how tall I am, frown
and measure with your fingers the space
between the creases on your forehead.

This tall.

The soul sometimes leaves the body, the returns.
When someone doesn’t believe that,
walk back into my house.
Like this.

When lovers moan,
they’re telling our story.
Like this.
I am a sky where spirits live.
Stare into this deepening blue,
while the breeze says a secret.
Like this.

When someone asks what there is to do,
light the candle in his hand.
Like this.


How did Joseph’s scent come to Jacob?
Huuuuu.
How did Jacob’s sight return?
Huuuu.

A little wind cleans the eyes.

Like this.

When Shams comes back from Tabriz,
he’ll put just his head around the edge
of the door to surprise us
Like this.

From ‘The Essential Rumi’, Translations by Coleman Barks with John Moyne

31.3.10

Quand Je Veux...

...une robe, je vais chez

Paul Smith, Boulevard Raspail, Paris 7

25.3.10

LoVE what I SeE


@Lindbergh

Maud On Sunflowers and Daisies

Maude: I should like to change into a sunflower most of all. They're so tall and simple. What flower would you like to be?

Harold: I don't know. One of these, maybe.

Maude: Why do you say that?

Harold: Because they're all alike.

Maude: Oooh, but they're not. Look. See, some are smaller, some are fatter, some grow to the left, some to the right, some even have lost some petals. All kinds of observable differences. You see, Harold, I feel that much of the world's sorrow comes from people who are this [she points to a daisy], yet allow themselves be treated as that [she gestures to a field of daisies].

24.3.10

And then?

L'avantage de l'art, c'est de pouvoir faire des disputes violentes qui n'ont pas besoin du compromis

23.3.10

LoVE what I SeE


@MarinaFaust, Maison Margiela

22.3.10

Sur l'Image et bien plus

Un soir de Septembre. Je tombe par hasard sur ses photos, un livre, plusieurs expos. Je lis, et je vais d’image en image. J’ai la gorge nouée, serrée. Les yeux embués de larmes. For Most Of It I Have No Words, dit-il.

Moi non plus. Je suis émue, et je reste en silence. Je ne le connais pas et pourtant j’ai besoin de lui dire ô combien son travail m’impressionne. Je lui écris
I just went through your work. I am speechless...and have the 'goosebumps'
Thanks for sharing!

En retour, Une fleur! Thank you so much, Maria. You made my day... Simon Norfolk


21.3.10

Je Suis Perdue

And then?

Between my head and my hand, there is always the face of death, Francis Picabia

18.3.10

SIDDHARTA


©MariaDeMorais

Si on part du principe qu’il y a des soirées où il faut être et d’autres pas, ce soir c’en était une. C’était la soirée de la semaine. La première de SIDDHARTA à l’Opéra de la Bastille. Tout Paris y était comme on dit. Et pour cause. Revisiter le roman de Herman Hesse, avec une chorégraphie contemporaine, n’est pas une mince affaire. Penser le corps, transformer la quête spirituelle, ce désespoir d’un monde parfait et qui reste actuelle point de doute, en ballet qui plus est dans l'imaginaire du chorégraphe un rock 'n' roll féerique, c’est moins évident. Angelin Prejocaj l’a fait. L’a –t-l réussi ?

Le chorégraphe n’a pas besoin de faire ses preuves. SIDDHARTA , ici avec les danseurs de l’Opera de Paris, est comme on aime. La danse ramenée à l’essentiel. Sacrée et magique. Et s’il y avait une critique je dirais que les danseurs, peut-être auraient besoin d’un meilleure synchronisation.

Si j’ai aimé la scénographie de Claude Lévêque, artiste plasticien qui a représenté la France à la dernière Biennale de Venise, je suis bien moins certaine de la réussite musicale de Bruno Montovani. SIDDHARTA, traverse les épreuves dans un univers onirique extrêmement bien conçu crées par le plasticien, en différents tableaux. Claude Levêque a pris une liberté et s’est carrément éloigné du sujet, ce qui est plutôt à son avantage.

C’est la musique qui me laisse sceptique. Bruno Montovani, sans tomber dans le pittoresque, a joué sur la répétition. Et vive les moments de désespoir et bouillonnement d’énergie. On a envie que ça avance pour respirer, mais non. Place à la difficulté, au Moi qui nous plombe. J’ai remarqué ne pas être la seule à vouloir entendre davantage la guitare électrique. Elle nous surprend et on aime ça.
Certes il y a désordre, pulsion et brutalité.

Mais n’a pas SIDDHARTA atteint le Nirvana ? Ne devrions nous pas, en fin de spectacle, l’atteindre avec lui ?



14.3.10


En vérité, tout, je vous assure, peut, absolument, répondre à tout : c'est le grand kaléidoscope des mots humains. Étant donné la couleur et le ton d'un sujet dans l'esprit, n'importe quel vocable peut toujours s'y adapter en un sens quelconque, dans l'éternel à peu près de l'existence et des conversations humaines.
Villiers de l'Isle-Adam.


13.3.10


PATIENCE
is a Virtue

….this quality enables to calmly tolerate delay and confusion without complaining


12.3.10


@Zack Bent

11.3.10

CHOIR, CHOIR, CHOIR

perguntaram-me outro dia qual a palavra que eu mais gostava...

Sem duvida alguma, en francês , CHOIR...

basta pronunciar para ressoar em mim a queda, a dura realidade da queda, a dura realidade pura e simplesmente ... o grito que rasga a orelha surda

CHOIR et CHOIR encore, chaque jour CHOIR pour mieux CHOIR

tentar levantar, saltar, para escapar a tudo que nos rodeia e para de novo CHOIR

10.3.10

A Single Man


J'ai vu le film de Tom Ford. Déçue que ce ne soit pas aussi mauvais que je l'attendais...Mais quand même très léché très léché. Succession de photos, comme si je feuilletais les pages séduisantes des revues de mode. Ou alors, par moments en tout cas, une très longue annonce du film en devenir. Évocation de moments de joie, de passion. Un drame certes mais alors très fleur bleue, très eau de rose. Une histoire où rien n’arrive réellement parce un tas de choses arrivent en permanence. Mais ici et là il y a des scènes très belles, quelques regards et baisers, une belle maison et aussi le désespoir de la sublissime Julianne Moore .
Quel chic ! dans une robe longue noire et blanche magnifique,
ses yeux verts soulignés d’un trait d’eye liner qui me fait rêver, et que dans son accent très brittish constate ,verre à la main, que son seul ami est le Gin Tonic…






"Oui j aime le contrôle et j aime créer des choses. Créer une mode, décider si les gens vivent s'ils meurent à quoi ils ressemblent, comment ils s'habillent comme sont leur âmes… C est ce qui se rapproche le plus de Dieu… Mon film, the Single Man, est là pour l'éternité. Mes chiens sont mes chiens dans le film et ils resteront jamais vivants car dorénavant ils seront toujours toujours toujours toujours toujours là !
Et ça c est tellement intéressant quand on aime créer des choses"….
TOM FORD dans Blast Magazine


Moi, je veux juste la même Robe!!!



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